sexta-feira, 9 de maio de 2008

Cinco pétalas de rosa

Atualmente estou escutando Muse.
Muse é o nome de uma banda do mundo. Muito boa. Esses rock estranhos - tenho medo de chamá-lo de alternativo sem sê-lo. E uma música que eu adoro mais de todas, e que é vício durante seis mêses, no mínimo, de todo fã de Muse é Your time is running out.
Mas isso nada tem a ver com o post em si. Acho que ele fala de como as pessoas podem nos decepcionar. E isso aconteceu porque tudo conspirou contra o meu ensaio. Ensaio de quê? De um momento especial que eu ia fazer com 5 pessoinhas e que eu me obriguei a ensaiar com outras cinco pessoinhas. Um momento de reflexão sobre o que é o Serviço.
E tudo conspirou contra! Contra mim, principalmente, pois três das pessoas que eu chamei acabaram não podendo, depois de todos os imprevistos, participar do ensaio. De manhã eu respirei fundo... e liguei para ele o chamando para o ensaio.
Ele era a pessoa mais horrível do mundo. Porque estava me decepcionando. E o engraçado é que eu já o decepcionei muitas vezes.... mas como um ser-no-mundo, como pessoa, como amigo. Ele me decepcionou como servo de Deus. Ele se tornou tudo aquilo que ele criticava olhando de fora, e agora que está dentro segue moldes de detentores do saber que subjulgam os alumnos (os sem-luz). E agora... lá estava eu, com a mão no peito e dizendo para mim mesmo "Dê uma chance". Aliás, se trata de um momento de formação de serviço. E talvez seja isso o que ele precisa.
Mas não precisou nem esperar o dia seguinte... Não precisou nem ser arrogante ou ganancioso ou soberbo. Eu disse "Tem um serviço. Vamos servir!" e ele mudou a face dele de total alegria para algo que eu não sei explicar. Acho que decepção, misturado com tristeza e com uma pitada de dor, sem exagero, seria o suficiente para compor aquela expressão. Ele não esperou nem o dia seguinte chegar para pisar em cima da chance que eu o dei, para me decepcionar, mais uma vez, como servo de Deus. Depois daquela face eu o deixei conversando no seu lugar e fui servir sozinho. Ele nem deu bola, continuou no seu lugar, e eu no meu, me arrependendo profundamente, não por der dando uma chance, mas por outra coisa.

Por causa de uma das cinco pétalas de rosa que naquela noite eu desperdicei com ele.
Quando eu terminei o ensaio ele disse "Tá muito bom. Você não precisa mudar nada nisso."
Mas na mesma noite lá estão as ervas daninhas, sufocando a semente.

E eu, naquela noite, jurei para mim mesmo que aquela seria a última vez que eu me decepcionei com ele. Não tenho orgulho de tal juramento. Hoje eu faço um outro...

Juro que aquela foi uma das primeiras de muitas vezes que ele vai me decepcionar e que depois eu vou chamá-lo pelo nome de novo. Nâo por mim, pois se fosse por mim, eu o delatava e apontava todos os seus erros e soberbas.... faço isso por causa de outro alguém que vale mais do que ele ou mesmo a mim.
Faço isso por aquele único que nunca será capaz de me decepcionar.