Eis que hoje eu tive um deslumbre sobre a minha vida. Se por acaso você não sabe ou se deu conta, eu sou Captain Rilke. Pirata portador de 5 sabres e capitão da Decerto, uma embarcação. Para quem viu o meu ultimo "Quem sou eu e o que estu fazendo aqui" do Bom Dia desse semestre, Rilke é um ser que tenta ser capitão da própria embarcação, ou seja, ator da própria vida, sujeito da própria existência. Nossa, e quantas mil coisas isso que dizer.
E eis que há algum tempo atrás, Rilke, o capitão da Decerto enfrentou Rilke o cavaleiro, forma poetica de retratar o combate interno que se passou entre os dois Rilkes que existem em mim. Essa luta terminou em empate, porém Rilke, o pirata, destroi o leme da própria embarcação e a deixa sem rumo. A embarcação acaba indo parar no cemitério, um lugar onde ela não mais navegaria e aos poucos iria apodrecer. Destaque que Decerto foi parar lá porque Rilke, ou seja, eu, assim desejei. É estranho remover os lençóis que cobrem a magia da escrita, mas eu não invento nada que posto no meu Blog, eu apenas altero todas as palavras mas digo sempre a verdade, coisas que acontecem comigo. E isso de fato está acontecendo: Decerto, a embarcação que eu deveria comandar e guiar pelo mar sempre em busca de novos horizontes, está estagnada e começará a apodrecer se eu, David/Rilke, não me apressar. O apodrecer seria o vulgar, e o estagnar é estagnar. Eis uma palavra de quem todo Heideggeriano tem medo, e a metáfora da minha vida (vulgo Histórias de um pirata contemporânio) é todo Heidegger.
Eis que a solução vem de um ser superior e em forma de desafio. O desafio veio de dentro da caverna, fazendo referência à alegoria da caverna de Platão, onde se inverte o objetivo pois só de pode ir atrás dos objetos em plena luz ao se perceber como são suas sombras dentro da caverna (no caso do capitão pirata). Ao mesmo tempo é uma pequena referência à teoria psicanálitica, escrita por um leigo em psicanálise; onde a caverna representa o coberto, o oculto, as sombras, e é de lá onde Rilke obterá não respostas, mas sim entraves (escolhi a melhor palavra?) que conduzirão a sua vida a partir de então - pois ele fará coisas sem saber o porquê de as estar fazendo, apenas seguirá fielmente as ordens que recebeu de dentro da caverna. E lá dentro Rilke encontra uma mítica criatura, fruto da mitologia mais profunda que há dentro do meu não saber (vulgo mundo dos desejos) e que me dará um desafio o qual precisarei com todas as forças superar pois na verdade o desafio veio do mais profundo do meu ser e não da figura misteriosa, de um outro.
O desafio é real: Eis que eu preciso encontrar 3 perguntas, de três respostas que eu já tenho, mas que por estarem dentro de mim não tenho consciência quais são. Nada de metáforas aqui, o desafio é este mesmo, com estas mesmas palavras e não foi profetizada para Rilke, mas para David, e eu não posso remover a minha embarcação e não posso voltar a navegar enquanto não encontrar as perguntas para essas respostas. Parece engraçado, mas veio do mais profundo que há em mim e é impossível para mim não abraçar essa causa. Os lugares onde eu iria encontrar as perguntas, que me foram apontados pelo ser mistico de dentro da caverna, foram uma Floresta, uma Montanha e um Lago. A escolha desses lugares é apenas uma referência ao Legend of Zelda: Ocarina of Time, jogo do qual gosto, e onde o protagonista precisa de três joias mágicas que estão em uma floresta, em uma montanha e no interior de um peixe (gigante) dentro de um lago. Juro que foi apenas por isso. Pois hoje eu vejo como as vezes o destino, o acaso ou até mesmo Deus (e por que não?) fizeram com que realidade e metafora se confundissem nessa pequena e perturbada mente que é a minha.
E antes de começar, digo uma coisa: Já encontrei as respostas, entre uma mentira e outra, as encontrei: São coragem, sabedoria e força - ou assim acho, pois elas estão dentro de mim, logo, ninguém me dirá nada se eu estiver errado e isso é o que torna meu desafio mais dificil.
No dia do Saral da psicologia aconteceu: eu o vi, para receber a ultima coisa que nos unia ainda. Para perceber que as coisas realmente mudaram, para entender que querer e desejar e ser verdadeiro as vezes não basta. Nesse dia eu menti, pois p alcool de nada me afetou. Dissimulei o meu sorriso até o final e depois me entreguei as lágrimas, inteiramente as lágrimas, por mais ninguém além de mim mesmo. Depois, apenas depois, percebi onde esse fato importante ocorreu: O Bosque. Ou seja, aconteceu na minha floresta. Eu estava procurando a floresta que o meu, por que não dizer instinto, havia me apontado, mas ela estava o tempo todo na minha frente, e eu o vivi distraidamente. Se encontrei pergunta para minha resposta? Não.
Esse final de semana foi planejamento do CA. Podia ter me entregue ao vulgar, e ter ficado com o Pedro, simplesmente um fica, beijos, amassos, sexo... e por mais que houvesse algum papo, sim, o beijo só ocorreria com bebida, com música, ou seja: no meio da putaria. Um dia a Isla me pediu para não me vulgarizar - nesse dia eu quase chorei, ela disse tão calmamente que me senti ameaçado - e eu estava pensando nisso. Porque também, fora isso, havia o Pedro, a pessoa com quem eu queria ter alguma coisa, mas com quem só tinha recados pelo orkut e nada mais. O que aconteceu? Eu bebi e menti. Então, por um momento estava na balança, de um lado, a lealdade a alguma coisa que eu não sei se teria contra a certeza de algo que eu não teria e por isso não exigia lealdade. E o(s) fato(s) mais importante(s) desse final de semana aconteceu(ram) na beira da pscina. Eis que agora vejo o meu lago. Céus, quanta coencidência! E isso acontece/surge/transcede (por que não, transcede?) de forma distraída. Minha profecia que não fui eu quem profetizei, estava se cumprindo. Eu sou o meu orgulho cara, falei. Pelo menos como falso profeta. E mais uma vez, nenhuma pergunta eu encontrei.
Faltava a montanha. Estav eu elaborando o luto por não ter acontecido na ordem Floresta-Montanha-Lago como no Link-da-Zelda, e também estava/estou eu trocando scraps com o pedro, sem garantia nenhuma nem do vulgar quando.... eu o vejo! O capitão Pedro BloodBath, que eu vi no orkut faz quase um ano e me serviu de inspiração para criar o Capitão Rilke. Esse pirata eu queria conhecer. Passou por mim e eu estava indo para casa quando algo novo invadiu o meu ser - talvez o fato de ter imaginado o terminal do papicu lotado - e eu espontaneamente comecei a segui-lo discretamente. E só digo uma coisa: É MARA!!! Foi emocionando segui-lo se preocupando também em não ser descoberto, e assim o segui para o único lugar onde ele poderia estar indo: o CH3. Claro, ele faz filosofia. No meio do caminho, descobri o que eu quero dele: quero que ele saiba que eu existo. Céus, como pode?! Ele póde me odiar, ter nojo ou pena de mim, me contentarei apenas sabendo que ele sabe que eu existo e eu acho que é porque... porque eu sei que ele existe. Estranho? Está apenas começando.
Chegando no CH3 eu me dou conta que o lugar é o "maior" CH3 porque tem 3 andares e então... a minha Montanha!!! Bem diante dos meus olhos, e eu nunca a vi. E para você ver como as coisas bateram e se encaixaram direitinho nesse grande delírio que é o meu viver, o João Elias faz mestrado em sociologia lá de noite. Tipo, João Elias é o "homem da montanha" do meu blog, e tipo, ele anda pelo CH3, logo, o CH3 é de fato a montanha da minha história. Enfim, segui o pedro até ele se misturar com o grupo de amigos dele e marquei a hora: 18:40. Logo, acho que terças e quintas ele tem aula 19:00h. Sei onde encontra-lo quando eu tiver coragem para falar com ele.... coragem. Coragem é uma das respostas. E eu enfrentarei a minha covardia quando criar coragem para cometer o ato louco de fazer uma pessoa saber que eu existo. Talvez, próxima vez que eu for, eu até encontrei João Elias, vulgo Covarde-com-quem-eu-fui-covarde. Então, um insight rolou e tudo se encaixou. Existem 3 perguntas que anseio, 3 respostas que preciso encarar e 3 Pedros na minha vida. No Bosque eu conversei com o Pedro do CA - ele me viu chorando - e ele ficou sabendo q eu sou gay e, pior, pelo momento 'fala que eu te escuto' eu acabei me mostrando. Acho - tenho argumentos pra dizer quase com certeza - que ele quer ficar comigo. E nada mais. Nada contra essa vibe, mas é o tal vulgar do qual eu fujo. Meu corpo precisa, e eu luto contra isso, pelas palavras calmas de um pedido. Assim, o Pedro é o meu desafio de FORÇA. Finjo que os sinais são coisas da minha cabeça, mas com Vodka e Vinho fica dificil. E eu até iria - por isso destruí o leme da Decerto - mas aconteceu que... surgiu um outro Pedro, totalmente inesperado e de scraps desinteressados. Passei o planejamento todo pensando nele e colocando-o contra a balança com o outro Pedro, o Pedro do fica e só, nada além disso e com bebida pra usar como desculpa, como escudo - nada contra quem ADOOORA, mas essa não é a minha vibe, não mesmo. Então, no momento eu usei de SABEDORIA e optei pelo que não tenho como garantir ter no lugar que eu certamente teria sem ter. Valha, tá começando a ser ezquizo, mas o desafio da Sabedoria apenas começou, pois com esse Pedro eu estou sozinho no jogo de cintura de ver onde vai dar e o que fazer. Estou, enfim, crescando.
E agora tem a montanha. Meu objetivo é claro: ter coragem. Andar lá de noite já a requer de mim, pois João pode aparecer e, sinceramente, acho que gostaria de vê-lo, mas não sei o que fazer ou dizer. Não seu o que será com o Pedro, se eu realmente terei CORAGEM para ser louco e nada mais, e, principalmente, não sei se desta vez eu irei mentir. Só sei que a montanha me aguarda. Pode parecer louco, ruim, tolo, mas nda do que me for dito irá mudar meu trajeto. No final das contas, acho que sim, sou capitão de uma embarcação, Decerto. Eu sigo e seguirei em frente para continuar sendo, sempre um capitão melhor. Eu sigo em frente porque essa é a minha vida, essa é a minha história, minha metáfora, meu delírio, minha paixão, meu ato de amor.
E pensar que eu só precisava escrever como minha metáfora resolveu invadir a minha vida.
Os 3 Pedros me darão as 3 perguntas?
Decerto sobreviverá?
E, o mais importante: Algum dia eu vou escrever essas histórias no meu Blog verdadeiro?
Só o tomorrow irá say to eu.
terça-feira, 16 de setembro de 2008
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