terça-feira, 16 de setembro de 2008

Deslumbre

Eis que hoje eu tive um deslumbre sobre a minha vida. Se por acaso você não sabe ou se deu conta, eu sou Captain Rilke. Pirata portador de 5 sabres e capitão da Decerto, uma embarcação. Para quem viu o meu ultimo "Quem sou eu e o que estu fazendo aqui" do Bom Dia desse semestre, Rilke é um ser que tenta ser capitão da própria embarcação, ou seja, ator da própria vida, sujeito da própria existência. Nossa, e quantas mil coisas isso que dizer.
E eis que há algum tempo atrás, Rilke, o capitão da Decerto enfrentou Rilke o cavaleiro, forma poetica de retratar o combate interno que se passou entre os dois Rilkes que existem em mim. Essa luta terminou em empate, porém Rilke, o pirata, destroi o leme da própria embarcação e a deixa sem rumo. A embarcação acaba indo parar no cemitério, um lugar onde ela não mais navegaria e aos poucos iria apodrecer. Destaque que Decerto foi parar lá porque Rilke, ou seja, eu, assim desejei. É estranho remover os lençóis que cobrem a magia da escrita, mas eu não invento nada que posto no meu Blog, eu apenas altero todas as palavras mas digo sempre a verdade, coisas que acontecem comigo. E isso de fato está acontecendo: Decerto, a embarcação que eu deveria comandar e guiar pelo mar sempre em busca de novos horizontes, está estagnada e começará a apodrecer se eu, David/Rilke, não me apressar. O apodrecer seria o vulgar, e o estagnar é estagnar. Eis uma palavra de quem todo Heideggeriano tem medo, e a metáfora da minha vida (vulgo Histórias de um pirata contemporânio) é todo Heidegger.
Eis que a solução vem de um ser superior e em forma de desafio. O desafio veio de dentro da caverna, fazendo referência à alegoria da caverna de Platão, onde se inverte o objetivo pois só de pode ir atrás dos objetos em plena luz ao se perceber como são suas sombras dentro da caverna (no caso do capitão pirata). Ao mesmo tempo é uma pequena referência à teoria psicanálitica, escrita por um leigo em psicanálise; onde a caverna representa o coberto, o oculto, as sombras, e é de lá onde Rilke obterá não respostas, mas sim entraves (escolhi a melhor palavra?) que conduzirão a sua vida a partir de então - pois ele fará coisas sem saber o porquê de as estar fazendo, apenas seguirá fielmente as ordens que recebeu de dentro da caverna. E lá dentro Rilke encontra uma mítica criatura, fruto da mitologia mais profunda que há dentro do meu não saber (vulgo mundo dos desejos) e que me dará um desafio o qual precisarei com todas as forças superar pois na verdade o desafio veio do mais profundo do meu ser e não da figura misteriosa, de um outro.
O desafio é real: Eis que eu preciso encontrar 3 perguntas, de três respostas que eu já tenho, mas que por estarem dentro de mim não tenho consciência quais são. Nada de metáforas aqui, o desafio é este mesmo, com estas mesmas palavras e não foi profetizada para Rilke, mas para David, e eu não posso remover a minha embarcação e não posso voltar a navegar enquanto não encontrar as perguntas para essas respostas. Parece engraçado, mas veio do mais profundo que há em mim e é impossível para mim não abraçar essa causa. Os lugares onde eu iria encontrar as perguntas, que me foram apontados pelo ser mistico de dentro da caverna, foram uma Floresta, uma Montanha e um Lago. A escolha desses lugares é apenas uma referência ao Legend of Zelda: Ocarina of Time, jogo do qual gosto, e onde o protagonista precisa de três joias mágicas que estão em uma floresta, em uma montanha e no interior de um peixe (gigante) dentro de um lago. Juro que foi apenas por isso. Pois hoje eu vejo como as vezes o destino, o acaso ou até mesmo Deus (e por que não?) fizeram com que realidade e metafora se confundissem nessa pequena e perturbada mente que é a minha.
E antes de começar, digo uma coisa: Já encontrei as respostas, entre uma mentira e outra, as encontrei: São coragem, sabedoria e força - ou assim acho, pois elas estão dentro de mim, logo, ninguém me dirá nada se eu estiver errado e isso é o que torna meu desafio mais dificil.
No dia do Saral da psicologia aconteceu: eu o vi, para receber a ultima coisa que nos unia ainda. Para perceber que as coisas realmente mudaram, para entender que querer e desejar e ser verdadeiro as vezes não basta. Nesse dia eu menti, pois p alcool de nada me afetou. Dissimulei o meu sorriso até o final e depois me entreguei as lágrimas, inteiramente as lágrimas, por mais ninguém além de mim mesmo. Depois, apenas depois, percebi onde esse fato importante ocorreu: O Bosque. Ou seja, aconteceu na minha floresta. Eu estava procurando a floresta que o meu, por que não dizer instinto, havia me apontado, mas ela estava o tempo todo na minha frente, e eu o vivi distraidamente. Se encontrei pergunta para minha resposta? Não.
Esse final de semana foi planejamento do CA. Podia ter me entregue ao vulgar, e ter ficado com o Pedro, simplesmente um fica, beijos, amassos, sexo... e por mais que houvesse algum papo, sim, o beijo só ocorreria com bebida, com música, ou seja: no meio da putaria. Um dia a Isla me pediu para não me vulgarizar - nesse dia eu quase chorei, ela disse tão calmamente que me senti ameaçado - e eu estava pensando nisso. Porque também, fora isso, havia o Pedro, a pessoa com quem eu queria ter alguma coisa, mas com quem só tinha recados pelo orkut e nada mais. O que aconteceu? Eu bebi e menti. Então, por um momento estava na balança, de um lado, a lealdade a alguma coisa que eu não sei se teria contra a certeza de algo que eu não teria e por isso não exigia lealdade. E o(s) fato(s) mais importante(s) desse final de semana aconteceu(ram) na beira da pscina. Eis que agora vejo o meu lago. Céus, quanta coencidência! E isso acontece/surge/transcede (por que não, transcede?) de forma distraída. Minha profecia que não fui eu quem profetizei, estava se cumprindo. Eu sou o meu orgulho cara, falei. Pelo menos como falso profeta. E mais uma vez, nenhuma pergunta eu encontrei.
Faltava a montanha. Estav eu elaborando o luto por não ter acontecido na ordem Floresta-Montanha-Lago como no Link-da-Zelda, e também estava/estou eu trocando scraps com o pedro, sem garantia nenhuma nem do vulgar quando.... eu o vejo! O capitão Pedro BloodBath, que eu vi no orkut faz quase um ano e me serviu de inspiração para criar o Capitão Rilke. Esse pirata eu queria conhecer. Passou por mim e eu estava indo para casa quando algo novo invadiu o meu ser - talvez o fato de ter imaginado o terminal do papicu lotado - e eu espontaneamente comecei a segui-lo discretamente. E só digo uma coisa: É MARA!!! Foi emocionando segui-lo se preocupando também em não ser descoberto, e assim o segui para o único lugar onde ele poderia estar indo: o CH3. Claro, ele faz filosofia. No meio do caminho, descobri o que eu quero dele: quero que ele saiba que eu existo. Céus, como pode?! Ele póde me odiar, ter nojo ou pena de mim, me contentarei apenas sabendo que ele sabe que eu existo e eu acho que é porque... porque eu sei que ele existe. Estranho? Está apenas começando.
Chegando no CH3 eu me dou conta que o lugar é o "maior" CH3 porque tem 3 andares e então... a minha Montanha!!! Bem diante dos meus olhos, e eu nunca a vi. E para você ver como as coisas bateram e se encaixaram direitinho nesse grande delírio que é o meu viver, o João Elias faz mestrado em sociologia lá de noite. Tipo, João Elias é o "homem da montanha" do meu blog, e tipo, ele anda pelo CH3, logo, o CH3 é de fato a montanha da minha história. Enfim, segui o pedro até ele se misturar com o grupo de amigos dele e marquei a hora: 18:40. Logo, acho que terças e quintas ele tem aula 19:00h. Sei onde encontra-lo quando eu tiver coragem para falar com ele.... coragem. Coragem é uma das respostas. E eu enfrentarei a minha covardia quando criar coragem para cometer o ato louco de fazer uma pessoa saber que eu existo. Talvez, próxima vez que eu for, eu até encontrei João Elias, vulgo Covarde-com-quem-eu-fui-covarde. Então, um insight rolou e tudo se encaixou. Existem 3 perguntas que anseio, 3 respostas que preciso encarar e 3 Pedros na minha vida. No Bosque eu conversei com o Pedro do CA - ele me viu chorando - e ele ficou sabendo q eu sou gay e, pior, pelo momento 'fala que eu te escuto' eu acabei me mostrando. Acho - tenho argumentos pra dizer quase com certeza - que ele quer ficar comigo. E nada mais. Nada contra essa vibe, mas é o tal vulgar do qual eu fujo. Meu corpo precisa, e eu luto contra isso, pelas palavras calmas de um pedido. Assim, o Pedro é o meu desafio de FORÇA. Finjo que os sinais são coisas da minha cabeça, mas com Vodka e Vinho fica dificil. E eu até iria - por isso destruí o leme da Decerto - mas aconteceu que... surgiu um outro Pedro, totalmente inesperado e de scraps desinteressados. Passei o planejamento todo pensando nele e colocando-o contra a balança com o outro Pedro, o Pedro do fica e só, nada além disso e com bebida pra usar como desculpa, como escudo - nada contra quem ADOOORA, mas essa não é a minha vibe, não mesmo. Então, no momento eu usei de SABEDORIA e optei pelo que não tenho como garantir ter no lugar que eu certamente teria sem ter. Valha, tá começando a ser ezquizo, mas o desafio da Sabedoria apenas começou, pois com esse Pedro eu estou sozinho no jogo de cintura de ver onde vai dar e o que fazer. Estou, enfim, crescando.
E agora tem a montanha. Meu objetivo é claro: ter coragem. Andar lá de noite já a requer de mim, pois João pode aparecer e, sinceramente, acho que gostaria de vê-lo, mas não sei o que fazer ou dizer. Não seu o que será com o Pedro, se eu realmente terei CORAGEM para ser louco e nada mais, e, principalmente, não sei se desta vez eu irei mentir. Só sei que a montanha me aguarda. Pode parecer louco, ruim, tolo, mas nda do que me for dito irá mudar meu trajeto. No final das contas, acho que sim, sou capitão de uma embarcação, Decerto. Eu sigo e seguirei em frente para continuar sendo, sempre um capitão melhor. Eu sigo em frente porque essa é a minha vida, essa é a minha história, minha metáfora, meu delírio, minha paixão, meu ato de amor.

E pensar que eu só precisava escrever como minha metáfora resolveu invadir a minha vida.

Os 3 Pedros me darão as 3 perguntas?
Decerto sobreviverá?
E, o mais importante: Algum dia eu vou escrever essas histórias no meu Blog verdadeiro?

Só o tomorrow irá say to eu.

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Cinco pétalas de rosa

Atualmente estou escutando Muse.
Muse é o nome de uma banda do mundo. Muito boa. Esses rock estranhos - tenho medo de chamá-lo de alternativo sem sê-lo. E uma música que eu adoro mais de todas, e que é vício durante seis mêses, no mínimo, de todo fã de Muse é Your time is running out.
Mas isso nada tem a ver com o post em si. Acho que ele fala de como as pessoas podem nos decepcionar. E isso aconteceu porque tudo conspirou contra o meu ensaio. Ensaio de quê? De um momento especial que eu ia fazer com 5 pessoinhas e que eu me obriguei a ensaiar com outras cinco pessoinhas. Um momento de reflexão sobre o que é o Serviço.
E tudo conspirou contra! Contra mim, principalmente, pois três das pessoas que eu chamei acabaram não podendo, depois de todos os imprevistos, participar do ensaio. De manhã eu respirei fundo... e liguei para ele o chamando para o ensaio.
Ele era a pessoa mais horrível do mundo. Porque estava me decepcionando. E o engraçado é que eu já o decepcionei muitas vezes.... mas como um ser-no-mundo, como pessoa, como amigo. Ele me decepcionou como servo de Deus. Ele se tornou tudo aquilo que ele criticava olhando de fora, e agora que está dentro segue moldes de detentores do saber que subjulgam os alumnos (os sem-luz). E agora... lá estava eu, com a mão no peito e dizendo para mim mesmo "Dê uma chance". Aliás, se trata de um momento de formação de serviço. E talvez seja isso o que ele precisa.
Mas não precisou nem esperar o dia seguinte... Não precisou nem ser arrogante ou ganancioso ou soberbo. Eu disse "Tem um serviço. Vamos servir!" e ele mudou a face dele de total alegria para algo que eu não sei explicar. Acho que decepção, misturado com tristeza e com uma pitada de dor, sem exagero, seria o suficiente para compor aquela expressão. Ele não esperou nem o dia seguinte chegar para pisar em cima da chance que eu o dei, para me decepcionar, mais uma vez, como servo de Deus. Depois daquela face eu o deixei conversando no seu lugar e fui servir sozinho. Ele nem deu bola, continuou no seu lugar, e eu no meu, me arrependendo profundamente, não por der dando uma chance, mas por outra coisa.

Por causa de uma das cinco pétalas de rosa que naquela noite eu desperdicei com ele.
Quando eu terminei o ensaio ele disse "Tá muito bom. Você não precisa mudar nada nisso."
Mas na mesma noite lá estão as ervas daninhas, sufocando a semente.

E eu, naquela noite, jurei para mim mesmo que aquela seria a última vez que eu me decepcionei com ele. Não tenho orgulho de tal juramento. Hoje eu faço um outro...

Juro que aquela foi uma das primeiras de muitas vezes que ele vai me decepcionar e que depois eu vou chamá-lo pelo nome de novo. Nâo por mim, pois se fosse por mim, eu o delatava e apontava todos os seus erros e soberbas.... faço isso por causa de outro alguém que vale mais do que ele ou mesmo a mim.
Faço isso por aquele único que nunca será capaz de me decepcionar.

quarta-feira, 30 de abril de 2008

Postagem quatro

Faz um tempo, eu cortei um dedo da minha mão direita.
Não ouso dizer que a cortei toda.
O motivo.... que importa?
Mas o real motivo todos podem pensar e adivinhar.

Agora, com um dedo a menos,
eu fico pensando se me arrependo.
Eu não quero me arrepender.
O sangue derramado não é nada
se comparado com o sangue do coração.

Meu Senhor, livra meu coração das ervas daninhas!

Mas o que eu digo não é tão forte assim.
Ou pelo menos não tão forte quanto o que eu acho que deveria ser.

Ontem eu tive um vislumbre
enquanto ensinava
aprendi.

Meu corpo me chama para voltar atrás
mas eu sei que talvez esteja confuso apenas.
Comodismo, saudade
incerteza
solidão.

E eu sei que eu estou totalmente tendendo a costurar meu dedo de volta
a fazer retalhos.

Moral da história:
- Não tome decisões importantes enquanto sangra.

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Acho que uma semana depois...

Aconteceu em um sábado. Nós estavamos dentro de um carro, perto da São Vicente. Era tarde, acho que uma hora antes do grupo, mais ou menos. Então bateu na janelinha do carro, um desses flanelinhas. Era o irmão do moleza, não sei seu nome nem nunca me dei ao trabalho de dar-lhe um apelido; apenas o cumprimentava toda vez que passava. Ele estava pedindo uma camisa do GSV. O irmão dele tinha uma, se não me engano, e ele queria também. Mas nenhum de nós tinhamos - e me bateu uma dúvida agora: Se eu tivesse uma camisa do GSV, eu daria?

Quando ele foi embora, uma das pessoas que estava no carro soltou "Eu acho que a gente não devia entregar camisas do grupo para essas pessoas." Outra pessoa ainda se deu ao trabalho de perguntar porque (eu ignorei tal ignorância - ignorância deve ser ignorada!). A resposta: "Porque se um deles fizer um assalto com a camisa, vai cair mal para o grupo." Pronto! Estava feito! Ganhei mais uma crítica, mais um incoerência, para com o dito cujo. Porém, como tais palavras não trariam paz e talvez não fossem para a santificação, e mesmo porque eu não quero criticá-lo, não porque acho que não devo, mas porque sei que não adiantará em nada; me atentarei em expôr a minha opinião sobre a frase acima.

Porque se um deles fizer um assalto com a camisa, vai cair mal para o grupo.
Tive de esperar um tempo, acho que mais de um mês para poder escrever sobre isso. Minha revolta tinha que passar, pois palavras revoltas não contribuem em nada. Só semeiam o caos. E o que tenho eu a dizer? A frase acima deixa em evidência uma forma desviada de amor. Não se trata de amor à Deus, mas amor a uma organização, no caso, o GSV. Digamos assim, que um pobre foi sacrificado em prol dessa organização que é o GSV. Sacrificado não por causa da camisa que não lhe foi dada, mas por causa da falta de amor, da falsa caridade. À noite quando pensava no assunto, lembrei dos irmãos da Toca de Assis. Se um pobre lhe pedisse uma camisa da Toca, o que eles fariam? Fico pensando o que ele diria se estivesse no meu lugar dentro daquele carro. Então, acho que uma semana depois, em outro sábado - obviamente (dã) - estava um irmão da Toca de Assis dando formação para os veteranos e falando coisas sobre obediência (minha outra queixa principal ao autor da frase da camisa). Dentre tudo o que ele disse naquela reunião, teve uma frase em especial que me tocou, e que eu acho que era uma mensagem importante também, pois ele a repetiu várias vezes e com uma entonação que dizia, grave essa frase na sua mente.

Ame o coração, não as atitudes.
E depois dessa frase linda e perfeita, o que mais posso eu comentar? Que esta frase vale para mim também, em relação ao amigo "ignorante" e em relação aos antigos (haja coração!). Mas principalmente eu queria dizer que é isso mesmo. Não se trata de incentivar o roubo, nem de passar a mão na cabeça; mas é uma questão de amor, de caridade, de evangelização, não por meio de discursos e palavras e passagens e doutrinhas, mas evangelização por meio dos atos, das atitudes e da vida. Ai ai. E eu agora penso, porque eu não contei ao irmão Toqueiro essa história? Tem dias que eu queria ser a Raquel Alencar. Rs.

sábado, 19 de abril de 2008

Um assunto

Essa é uma daquelas noites
em que tudo o que queria
era um assunto que rendesse umas duas horas
de conversa com quem não vejo faz tempo.




O passado não volta mais.

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Dois pobres

Aconteceu a mais tempo do que eu gostaria que tivesse acontecido. Digo isso porque eu me atrazei federalmente para criar esse blog. Rsrsrsrsrs. Adorei o trocadilho com o federalmente.
Basicamente vou contar duas histórias que envolvem a mim e aos pobres de Deus. Deveriam ser três, mas um dos casos ocorreu a tempo demais para me lembrar hoje. Aconteceu um dia depois do grupo de ACP, eu acho. Só sei que quando eu entrei no ônibus (céus, eu nem lembro se eu estava no terminal!), haviam "apenas" uns 4 bancos vazios para sentar, como se fosse pouco. Dois bancos eram daqueles duetos de bancos que ficam ao lado da janela se é que vocês conseguiram entender o que eu quis dizer; só que os dois bancos eram em "duetos" diferentes, e em ambos o assento da janela estava ocupado. Os dois ultimos eram daqueles cinco bancos que ficam no final do ônibus. E os dois eram lado a lado, dava certinho para eu e o Eduardo sentarmos. Um dos bancos era o do meio exato, o terceiro banco; e o outro era o segundo banco. A questão é que no primeiro desses bancos havia alguém. Estava com roupas em péssimo estado, segurava um boneco do Max Steel no suvaco de forma meio débil e estava sujo, o pé particulamente estava preto. E estava descalço! Não nego meu primeiro sentimento ao ver aquilo: nôjo. Um espécie de repulsa por aquela pessoa, que não dava outra impressão que não essa. E eu tinha quatro assentos para escolher. Qualquer um dos dois distantes dessa pessoa ou até mesmo o terceiro assento do final, deixando o Eduardo ao lado dele (ou não?).
E engraçado que agora eu parei para pensar aque talvez a pessoa sentada na quarta cadeira tenha preferido sentar na quarta ao lado de um estranho do que na terceira que é "apenas" uma cadeira distante dele. Talvez.
Sim, mas voltando ao assunto, eu resolvi sentar justamente ao lado dele, deixando o Eduardo na terceira. Fiz isso não porque eu sou bom, mas justamente pelo contrário; se eu fosse bom, não precisava ter feito aquilo. Mas reconhecer o meu sentimento do nôjo me fez optar por "Não excluir" digamos assim, embora eu esteja longe demais disso. Foi apenas um sentar ao lado de alguém. Alguém que talvez não tivesse sequer isso, e eu não fiz muito não! Isso é o minímo! O minímo a ser feito com os pobres de Deus, com as vitímas dos erros de poucos que mandam muito.
Sobre a viagem, como foi, quem quiser me pergunte pessoalmente depois. Vou pular logo para o segundo caso.... o Seu Pardal.
Eu estava indo meio aperreado e ele estava vindo, e como de costume, ele me abordou, mas não para pedir dinheiro. Várias vezes ele não quer dinheiro, ainda mais comigo por causa de uma vez em que eu estava parado em frente ao Laredo esperando uns amigos e ele apareceu. Fiquei com vergonha ao imaginar meus amigos chegando e eu conversando com ele, e então decidi que iria agarrar a minha cruz e comecei a conversar DE VERDADE com ele, sabe?
Mas naquele dia em que eu estava aperreado por algum motivo e não conseguia entender direito o que ele dizia; não sei se era algo com ele ou comigo. Só sei que em um momento, quando nem a minha atenção eu podia dar direito para ele, resolvi lhe entregar aquilo que para mim tinha grande importância. Lhe dei meu crufixico, que não necessáriamente era meu - ia dar de presente para a minha irmã por causa do primeiro encontro de evangelização dela.
O seu Pardal ficou muito feliz com o presente e eu expliquei que estava aperreado, mas ainda lhe falei alguma coisa que saiu do meu peito devido a uma pequena parte do que ele disse e eu entendi: "Ninguém nasce por acaso porque Deus tem uma missão para cada um aqui."
O último fato foi algo que me deixou triste mas que depois eu posto porque as minhas mãos já quase não agüentam.
Aos vitóriosos que leram até o final, fiquem com Cristo e que ele os acompanhem em sua corrida.
Aos que não conseguiram, também. ^^